Fisioterapia para cachorro: conheça as técnicas mais utilizadas para a recuperação das mais variadas patologias neurológicas, ortopédicas de emagrecimento canino.
Como funciona a fisioterapia em cachorros?
O princípio da aplicação da fisioterapia para cachorro é muito parecida com a que nós evoluímos no tratamento de seres humanos. Seu início se deu ainda na década de 70 com a aplicação de algumas técnicas em animais de grande porte como os cavalos. De lá para cá os métodos foram sendo desenvolvidos e aprimorados para atender mais tipos de animais, inclusive a grande demanda de animais domésticos que se beneficiariam com esse novo tratamento.
O intuito da fisioterapia para cachorro é garantir uma recuperação eficiente para as mais variadas patologias e lesões, estruturando um planejamento de recuperação que possa combater as mazelas que afligem os animais acometidos por doenças e limitações, preservando a saúde física e mental dos pets através de técnicas profissionais.
A fisioterapia em cães é muito parecida com a nossa, usando os mesmos aparelhos em muitos casos, apenas adaptados para o tamanho e necessidade do pet. Dessa forma a recuperação deles é muito mais rápida e eficaz, além de não trazer riscos para o cão, pois não é uma técnica invasiva como uma cirurgia, por exemplo.
Quem pode fazer fisioterapia em cães?
Diferente de nós, humanos, que possuímos especialistas formados nessa área – os fisioterapeutas -, com os animais no geral, incluindo cães e gatos, isso não ocorre.
É muito importante lembrar que apenas médicos veterinários podem realizar fisioterapias em cães. Hoje já podemos contar com cursos de especialização nesta área, sendo, assim, muito importante procurar profissionais especializados, além de saber que fisioterapeutas humanos não tem autorização para atuar com animais. Nesse tipo de procedimento é necessário um amplo conhecimento da anatomia, técnicas cirúrgicas utilizadas e fisiologia do animal, conhecimentos que apenas o veterinário possui.
Quando a fisioterapia em cães é necessária?
Apenas um veterinário pode dizer quando é necessário ou não que o seu cão faça fisioterapia, porém em alguns casos é comum que esse tratamento seja indicado para recuperar ou manter os movimentos do pet, além de ajudar no alívio de dores.
Luxações de patela e hérnias de disco são alguns dos casos onde a fisioterapia é recomendada para os cães, pois a fisioterapia ajuda a diminuir o inchaço e dores nesses locais, ajudando a diminuir quadros inflamatórios. Em muitos casos de displasia coxo femural a fisioterapia para cães também é indicada, com foco na hidroterapia, que ajuda a fortalecer grupos de músculos dos cães usando a água.
Quando bem realizada e em um estágio inicial do problema, a fisioterapia para cães pode até mesmo substituir a necessidade de cirurgia, por isso é imprescindível que o cão vá regularmente ao veterinário para que o diagnóstico possa ser feito com rapidez, evitando o sofrimento futuro do pet.
A fisioterapia em cães também é muito recomendada no pós-operatório em cirurgias ortopédicas, diminuindo a dor e acelerando o processo de recuperação, além de evitar o surgimento de complicações após a cirurgia.
Outras indicações que vem sendo muito bem sucedidas são para obesidade e também em doenças endócrinas como diabetes, melhorando o condicionamento e resistência cardiovascular dos animais. Além de casos de doenças degenerativas como a osteoartrose.
Os desafios da fisioterapia para cachorros
Um dos principais desafios durante as sessões de fisioterapia em cães é fazer com que o cão se sinta confiante em mover aquela parte do corpo quando estimulado, mesmo que involuntariamente, ou ao menos tente se mover.
Em muitos casos, os cães passaram tanto tempo evitando determinados movimentos – para não sentirem dor ou por não conseguirem realizar o movimento completo – que se acostumam a andar sem apoiar uma pata, ou se arrastando no chão, por exemplo.
É importante que nesses casos exista um aconselhamento de profissionais para que o dono saiba até que ponto é necessário ajudar o pet, trazendo ração e água para eles, e quando é importante deixar que o bichinho se esforce para tentar fazer aquilo sozinho.
Outro problema é que no começo do tratamento é comum que, em alguns casos, o cão sinta algum grau de dor, por isso é necessário que um profissional qualificado esteja prestando esses cuidados, para evitar ao máximo a dor do cão. Em alguns casos são feitos tratamentos com antiinflamatórios antes dos exercícios para evitar a dor durante a fisioterapia para cães.
Métodos de fisioterapia para cães
Existem vários métodos de fisioterapia para cães, cada um é indicado para um tipo de problema e possui uma particularidade que o diferencia dos outros, como pode ver a seguir.
- Eletroterapia: a eletroterapia utiliza correntes elétricas no tratamento de dores, aliviando seus efeitos e também é usada para ajudar no fortalecimento dos músculos do cão em casos de perda de massa muscular, o que ocorre quando o pet passa por problemas neurológicos como paralisias ou problemas ortopédicos, como por exemplo, cirurgias.
- Cinesioterapia: consiste em uma série de exercícios terapeuticos e alongamentos para a reabilitação do animal. Esses exercícios foram retirados das fisioterapias humanas e podem ser feitos pelos cães de forma ativa, podem ser auxiliados parcialmente pelo veterinário ou totalmente realizado por eles, o que o torna um movimento passivo. Nesse tipo de fisioterapia para cães são usadas bolas, pistas de obstáculos, cones e pranchas de equilíbrio com o intuito de resgatar movimentos mais complexos perdidos por diferentes patologias e lesões. É indicada para diversas patologias ortopédicas e neurológicas, e consiste na realização de exercícios terapêuticos e alongamentos que auxiliam a recuperação dos pets.
- Laserterapia: o laser é bastante utilizado em fisioterapias, pois possui um efeito analgésico e antiinflamatório, o que em alguns casos pode substituir o uso de medicamentos no controle da dor ou auxiliar o seu efeito. Por causar um aumento metabólico das células, a laserterapia é usada para auxiliar no processo de cicatrização de feridas e também para ajudar no reparo de tecidos. Esse é um tratamento muito utilizado durante o pós operatório em cães e outros animais.
- Magnetoterapia: essa técnica de fisioterapia para cachorros utiliza campos magnéticos que pulsam no tratamento de dores crônicas e também dores agudas – problemas na coluna e artroses são os que mais utilizam essa técnica por seus altos benefícios. A magnetoterapia ajuda no relaxamento do cão e também aumenta a produção de endorfina, o que faz com que o pet tenha uma sensação de bem estar tanto durante como após a sessão de tratamento.
- Ultrassom: o ultrassom é uma técnica de fisioterapia muito utilizada tanto em humanos como em animais. Ele auxilia o reparo dos tecidos e também pode ajudar nos processos desinflamatórios, sendo muito usado após cirurgias ortopédicas. Também pode ser usado para tratar de processos inflamatórios de articulações como artroses.
- Massoterapia: essa técnica usa a massagem no tratamento do cão. Muito usada na fisioterapia para cães, a massoterapia ajuda a diminuir a tensão nos músculos, diminuindo a dor do animal e quebrando o ciclo contínuo de dor e tensão. Assim como em humanos, a massagem no tratamento de cães aumenta a circulação de sangue na região massageada, o que auxilia na oxigenação e aumenta a drenagem linfática e venosa. Isso faz com que aumente o retorno nas funções dos músculos e crie uma sensação de alívio. Com o aumento da circulação, a temperatura da região também aumenta, o que, combinado com os outros fatores, auxilia na recuperação de músculos, pois há aumento da elasticidade dos músculos. Massagens podem ajudar também a liberar nódulos nos músculos, que causam bastante dor e desconforto no pet. Além disso, também é excelente para relaxar o cachorro, já que a massagem libera endorfinas, o que aumenta a sensação de bem-estar do cachorro antes e durante a fisioterapia do cão.
- Hidroterapia: uma das técnicas de fisioterapias para cães mais conhecidas é a hidroterapia. Nessa técnica o cão é colocado em uma piscina onde realiza exercícios com bolas, nadando e até mesmo andando em uma esteira que fica debaixo d’água – chamada hidroesteira. A ideia é evitar os efeitos que a gravidade produz quando o pet realiza movimentos em solo duro, aliviando os impactos. Ela é utilizada para a perda de peso em cães obesos, já que o impacto na água é bem mais reduzido, evitando que o cão se lesione durante a prática do exercício. Ela também é recomendada para o tratamento de dores nas articulações e para fortalecer os músculos do cão. Apesar de parecer muito simples, essa técnica não deve ser feita em casa ou sem o acompanhamento de um profissional, já que existem vários fatores importantes que determinam como o exercício deve ser feito, como o grau do problema, o tempo que é necessário ficar na água e até mesmo a velocidade que o exercício deve ser feito. É importante que a água seja aquecida, para que o exercício possa ser feito até mesmo no inverno. Essa técnica é uma das mais efetivas no combate de diversas patologias como displasia coxofemoral, ruptura de ligamento cruzado, hérnia de disco, paralisias e muitas outras. É muito eficiente, pois, além de recondicionar fisicamente o animal, também o ajuda no aspecto emocional, criando um ambiente seguro para que o pet desenvolva ou recupere sua mobilidade natural.
- Acupuntura: utiliza-se de agulhas em pontos estratégicos com o intuito de aliviar dores e aumentar o equilíbrio muscular de pacientes. É um dos tratamentos mais requisitados e serve como um aliado perfeito na recuperação, pois ajuda diretamente na diminuição de dores e na preparação para o início de outras atividades de reabilitação.
É sempre recomendado que um veterinário seja consultado para verificar a necessidade de qualquer uma dessas técnicas de fisioterapias para cães e também como deve ser realizada. Por mais fácil que pareça ser massagear ou ajudar o seu cãozinho a se mover com uma bola, sem a presença de um profissional é provável que o problema só se agrave.
Fonte: fisiocarepet.com.br
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