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Animais domésticos – Origem e História - Finofaro

Animais domésticos – Origem e História

Domesticar um animal é adaptar, ensinar, treinar para o convívio direto com o ser humano. A prática de domesticação de animais passou a fazer parte do dia a dia dos seres humanos e a convivência com esses animais de estimação se transformou em amizade! 

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                É difícil saber exatamente onde essa história começa. A domesticação é um processo utilizado desde a pré-história. Consiste na seleção e adaptação de certos seres vivos, considerados úteis para suprir necessidades humanas.

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             Domesticar um animal é adaptar, ensinar, treinar para o convívio direto com o ser humano. Estudos dizem que os primeiros animais de estimação surgiram há mais de 30 mil anos atrás e um dos primeiros animais selvagens (sim! Todos eram selvagens naquela época) a ser domesticado pelo homem foi o cão. Antes de o cão se tornar nosso melhor amigo, o homem só enxergava os outros seres vivos com um objetivo: comê-los.

Ovelhas, bois e cavalos também seriam domesticados nessa época, quando o homem finalmente deixa de ser nômade e passa a viver em um mesmo local por muito tempo, dando os primeiros passos no sentido de tirar da terra seu alimento, o que veio a se tornar a agricultura. Até então o homem se alimentava praticamente da caça e de frutos que encontrava durante as caçadas. Os animais grandes foram domesticados inicialmente por sua força bruta, como tração para o transporte entre as primeiras comunidades do planeta, onde o comércio dava seus primeiros passos nas feiras de troca.

             Nesse momento, quando o homem já descartava os restos da caça em um mesmo local, os lobos e raposas passariam a viver nas redondezas se alimentando principalmente desses restos. A distância entre os lobos e os humanos foi diminuindo a tal ponto que a convivência entre os dois passa a ser pacífica e o animal passa então a acompanhar o homem na hora de caçar. Estudos com DNA de fósseis  comprovam o parentesco distante entre cães e lobos. Teorias afirmam que isso aconteceu na Europa, mas outras contestam essa afirmação e sugerem que a origem seria no oriente médio.

             A domesticação de animais só tinha o princípio da fonte fácil de alimento, criada em casa. Mas ao longo da história, nossa relação com os animais mudou. Diferentemente da domesticação de animais de hoje em dia, os nossos antepassados usavam os animais principalmente para a caça.

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             Os primeiros animais a serem domesticados foram predadores, como raposas e lobos. Segundo cientistas a domesticação de animais partiu do lobo cinzento. Como também tinham outras aptidões, percebeu-se que poderiam contribuir de forma mais eficaz à preservação da espécie humana. Conseguiam, por exemplo, ajudar na caça e na proteção das mulheres e crianças. Outro animal dos primeiros a serem domesticados, o porco foi escolhido porque a espécie se reproduz facilmente em cativeiro. Os porquinhos, então, garantiam mais comida para as tribos, e contribuíram para que grupos humanos se fixassem num determinado espaço, já que não era mais preciso percorrer longas distâncias em busca de alimento. O homem também passou a dominar os animais que forneciam vestimenta, transporte e ajuda na agricultura. O primeiro bichinho a servir como companheiro, apenas com finalidade afetiva, foi o cachorro. Há indícios de que os cães já existiam há 14 mil anos na Alemanha e tenham descendido de ferozes raposas. Hoje em dia, os animais de estimação fazem parte das nossas vidas e podemos mesmo afirmar que são companheiros inseparáveis dos seus donos.

             Os primeiros gatos e as primeiras aves domésticas surgiram no Egito antigo, sendo que o gato era predador de pragas dos celeiros além de ser objeto de culto pelos egípcios. O gato selvagem africano foi o primeiro felino a sofrer a domesticação de animais. Os gatos que conhecemos hoje, são evoluções dos gatos-selvagens africanos. Os bichanos foram domesticados há mais de 5.000 anos, a. C., no Antigo Egito. Eram tratados como membros da família por serem capazes de controlar pragas como ratos dentro das casas.

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             A beleza dos gatos era admirada e os egípcios diziam que eles tinham “poderes mágicos”. Na concepção deles o animal seria uma reencarnação da deusa Bastet, responsável pela fertilidade e pela proteção das mulheres. Por isso os gatos eram tratados da melhor forma possível. A prática se espalhou pelo mundo, tornando-os animais de estimação.

             Já as primeiras aves tinham uma função ornamental por sua beleza e também pelo canto. Além desses, há uma infinidade de outros animais, geralmente de pequeno porte, que fazem companhia ao homem. Peixes, ratos, répteis, aracnídeos, anfíbios…

             Desde os tempos mais remotos, a domesticação de animais está presente na vida dos seres humanos.  Com o passar do tempo evoluímos, construímos prédios, adquirimos uma vida social mais agitada, mas continuamos domesticando animais.  O fato da prática ser antiga, resultou na formação de várias outras raças de cachorros e gatos, por exemplo.  Mas os animais ajudaram também na evolução dos seres humanos, tanto na parte da mão de obra, quanto na parte de dar companhia para o seu dono.

             Desde então, outros animais foram domesticados e diversas raças surgiram, tornando a convivência entre homem e animais uma relação de amizade, carinho, cuidado e companheirismo.

             Hoje chamamos nossos animais domésticos de PET, expressão em inglês que tem origem na Escócia, no ano de 1530, que significa “animal preferido”, mas o curioso é que “PET” também pode ser traduzido como “amigo” ou “amiga”.

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 A relação entre animais de estimação e seres humanos

             A história da relação entre os humanos e os animais de estimação começa na aurora dos nossos tempos, quando descobrem que ambos podem beneficiar desta amizade. Ainda assim, é uma história com conflitos e falta de compreensão, como todas as relações. Nem sempre a convivência entre homem e animais foi tranquila. Entre os séculos XVI e XVII, os donos de animais domésticos da Inglaterra poderiam ser acusados de bruxaria e até executados por isso. Por isso, ser o dono de gatos, cães, ratos ou pássaros era motivo suficiente pra ser acusado de bruxaria. Naquela época, na Inglaterra, hoje famosa pelo seu amor pelos animais, os donos corriam o risco de serem acusados de bruxaria e até executados.

             Segundo o historiador inglês Keith Thomas, um dos argumentos de acusação por bruxaria era de que o bruxo (ou bruxa) teria um demônio ou espírito em forma de animal como seu ajudante. Por essa razão, ter gatos, cães, ratos ou pássaros, típicos animais de estimação da época, em muitos casos era considerado prova irrefutável para mandar para a fogueira um grande número de pessoas acusadas de bruxaria. De fato, em 1604, Jaime I de Inglaterra aprovou uma lei que criminalizou oficialmente as atividades de “consultar, pactuar, convidar, utilizar, alimentar ou recompensar um espírito em forma animal em qualquer circunstância”. 

             Pior ainda, a posse destes animais era consideravelmente perigosa se a pessoa fosse pobre, idosa ou menosprezada pela sua comunidade. Nestes casos, havia uma grande probabilidade de se ser executado após uma acusação de bruxaria. Assim era a vida na Inglaterra há quase 400 anos. Estes foram anos sombrios para os animais de estimação. Infelizmente, hoje em dia, em pleno século XXI, ainda são tomadas decisões muito questionáveis em relação a animais de estimação em alguns países, como a China.

             Na China, desde a Revolução Cultural (1966-1976), o governo ordena periodicamente a execução em massa ou a eutanásia obrigatória de animais de estimação na cidade de Pequim.

             A última foi em março de 2007. No âmbito da preparação para os Jogos Olímpicos, as autoridades de Pequim ordenaram que os donos levassem os animais de estimação a clínicas veterinárias para que fossem submetidos à eutanásia obrigatória. Esta medida visava prevenir a raiva, dada a afluência em massa de estrangeiros que inundariam a cidade durante os Jogos.

             Em execuções anteriores, como em 1982, os responsáveis políticos tinham referido que ter cães ou outros animais era um costume típico da sociedade capitalista que tinha de ser erradicado do país. Este distinto veterinário pensa que por detrás destas execuções está na verdade um motivo subjacente: o preconceito das autoridades chinesas contra o costume de ter animais de estimação. Esperemos que nas mudanças pelas quais a China está e vai continuar a passar nos próximos anos, desperte a consciência relativamente ao papel benéfico que os animais de estimação têm na vida dos seres humanos. E não só na China, mas em todos os países onde essa tomada de consciência ainda não aconteceu. É fácil imaginar que este será certamente um sinal de maior bem-estar social e de mais respeito pelos direitos de todos nessas sociedades.

             Nos dias atuais os resultados da domesticação de animais em relação às espécies, têm sofrido algumas modificações. Isso porque alguns laboratórios estão alterando características genéticas de animais, e agora podemos criar miniaturas de porcos, bois, galinhas, galos, coelhos e vacas, por exemplo, criando outras espécies de estimação. Fora os animais que foram modificados geneticamente, nas últimas décadas foram selecionados mais de cento e cinquenta espécies de animais e plantas que as pessoas domesticam.

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A prática de domesticação de animais passou a fazer parte do dia a dia dos seres humanos e a convivência se transformou em amizade!

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